VÔMITO
(LIGUE O FODA-SE)
Foda-se! Foda-se tudo!
Fodam-se os podres poderes
Fodam-se as dores do mundo
Foda-se o incompreendido
Foda-se o desconhecido
Foda-se a saudade do amor esquecido
Foda-se a saudade do amor que ainda sinto
Foda-se tudo! Foda-se!
Foda-se a mácula
Foda-se a marca, a mágoa, a máscara
Foda-se o tapa, a mão, a cara
Foda-se a falta
Foda-se a tara
Foda-se nada!
Foda-se! Foda-se! Foda-se!
Foda-se o orgulho
Foda-se o mergulho [no silêncio]
Foda-se a pergunta sem resposta
Foda-se a pergunta ainda exposta
Foda-se tudo! Foda-se nada!
Fodam-se as respeitáveis senhoras
Fodam-se as intoleráveis cem horas
Foda-se a areia da ampulheta
Foda-se o gozo... que escorre feito tempo
Foda-se o tempo, o passado
Foda-se o presente, o futuro que não trafega ao lado
Foda-se! Foda-se! Foda-se!
Fodam-se teus sapatos vermelhos
Teus olhos azuis, teus cachos dourados
Foda-se meu equilíbrio desequilibrado
Meu maldito respeito, minha poesia em pedaços
Foda-se a dissolução, o desapego, o desamparo
O desmaio, o descaminho, o descalabro
Foda-se o dolo, o colo, o solo
O campo que só brota mato ralo, sem flor
Foda-se a ferida aberta, infeccionada em carne viva
A mosca-varejeira, o pus e os urubus
Foda-se a minha metade, que tua metade reparte
Em ferro e fogo, me queima e arde
Foda-se! Foda-se! Foda-se!
Foda-se o suplício
Fodam-se as verdades
Foda-se a solidão
Fodam-se as vaidades
[da família às amizades]
Foda-se! Foda-se! Foda-se!
Foda-se a covardia do covarde
A vileza do vil
A gentileza da gentil
A tentação da saudade
Foda-se a Língua, a Arte e a Educação
O medo e a obcessão. Foda-se o coração!
Foda-se tudo que aqui digo e vomito
Minha paixão, meu amor. Foda-se o que sinto!
Foda-se!
(LIGUE O FODA-SE)
Foda-se! Foda-se tudo!
Fodam-se os podres poderes
Fodam-se as dores do mundo
Foda-se o incompreendido
Foda-se o desconhecido
Foda-se a saudade do amor esquecido
Foda-se a saudade do amor que ainda sinto
Foda-se tudo! Foda-se!
Foda-se a mácula
Foda-se a marca, a mágoa, a máscara
Foda-se o tapa, a mão, a cara
Foda-se a falta
Foda-se a tara
Foda-se nada!
Foda-se! Foda-se! Foda-se!
Foda-se o orgulho
Foda-se o mergulho [no silêncio]
Foda-se a pergunta sem resposta
Foda-se a pergunta ainda exposta
Foda-se tudo! Foda-se nada!
Fodam-se as respeitáveis senhoras
Fodam-se as intoleráveis cem horas
Foda-se a areia da ampulheta
Foda-se o gozo... que escorre feito tempo
Foda-se o tempo, o passado
Foda-se o presente, o futuro que não trafega ao lado
Foda-se! Foda-se! Foda-se!
Fodam-se teus sapatos vermelhos
Teus olhos azuis, teus cachos dourados
Foda-se meu equilíbrio desequilibrado
Meu maldito respeito, minha poesia em pedaços
Foda-se a dissolução, o desapego, o desamparo
O desmaio, o descaminho, o descalabro
Foda-se o dolo, o colo, o solo
O campo que só brota mato ralo, sem flor
Foda-se a ferida aberta, infeccionada em carne viva
A mosca-varejeira, o pus e os urubus
Foda-se a minha metade, que tua metade reparte
Em ferro e fogo, me queima e arde
Foda-se! Foda-se! Foda-se!
Foda-se o suplício
Fodam-se as verdades
Foda-se a solidão
Fodam-se as vaidades
[da família às amizades]
Foda-se! Foda-se! Foda-se!
Foda-se a covardia do covarde
A vileza do vil
A gentileza da gentil
A tentação da saudade
Foda-se a Língua, a Arte e a Educação
O medo e a obcessão. Foda-se o coração!
Foda-se tudo que aqui digo e vomito
Minha paixão, meu amor. Foda-se o que sinto!
Foda-se!
autor: Kico Toralles
19 de Julho de 2009/04 de Abril de 2010
19 de Julho de 2009/04 de Abril de 2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário