quarta-feira, 1 de setembro de 2010

RETRATOS DE UM SETEMBRO

Passado o tempo
Tudo o que me lembro
Em retratos de um setembro
Dia após dia, só fotografias
Narradas em poesias
De pensamento em pensamento
Todo o teu sentimento
Que nunca mais
Vamos nos esquecer

Amanhã talvez
Baterão na tua porta
E nada disso importa
Para nós dois
Quem sabe seja dia
Em plena luz do Sol
Um flerte de lampejo
E nada mais

Só que a verdade dói
A verdade cega, nunca vemos ela
Escondida nas janelas
Em olhos bobos, tão redondos
De mentiras ou promessas
Que não sabemos
Se vamos cumprir

Mas tudo indica que o futuro é nosso
Para isso faço o que posso
Sem temer, me esforço
No teu apoio, sigo meus sonhos
Que são tão singelos
Siga eles também

Vejo teu retrato pendurado
No meu quarto
Se bobear te enquadro
E te emolduro
Para te eternizar

E o que sonhei
E o que narrei
Versei só ilusão
Entalhei nesse coração

Exato fato raro, quão difícil
No índice de erro é que atiro o míssil
Enlouqueço para não errar

Que será o fim
Desse álbum, dessa história

Lacro a câmara e vou embora



autor: Kico Toralles
1º de Novembro de 2001

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