domingo, 17 de abril de 2011

MUROS E PONTES

Palácio murado.
Muros do reino.
Soberano de si, ordena derrubar sua muralha.
Percebe, então, deserto extenso ao redor.
Sem risco. Sem perigo. Sem inimigo.
Sem vivaz floresta, coxilha, rio sinuoso.
Sem vila. Sem vida. Sem alma.
Onde erguer pontes?

Pontes imaginárias,
Capazes de superar vãos inimagináveis?
Imaginação. Só ilusão.
Sem desafio. Sem chão,
Projeto é éter, é nada, é sonho.
Em sonho não há calor. Não há suor.
Em sonho não há pele. Não há o sabor.
Resta o horizonte. Do dia que nasce quando o sonho se põe.

Autor: Kico Toralles
17 de Abril de 2011

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